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sábado , 5 outubro 2024

Dica de mixagem: Música de referência

Tudo na nossa vida é feita de referência. Desde pequeno fomos acostumados a fazer alguma coisa por alguma referência, desde observarmos nossos pais em atitudes, gostos musicais, influências de outras pessoas, etc… É claro que algumas preferências desenvolvemos ao longo do tempo e com áudio não é diferente.

Moldamos o som de acordo ao que ouvimos e adquirimos como nossa referência, e as vezes nem nos damos conta e acabamos por “imitar” os sons impressos na nossa mente.

Escutar música  e analisar a mixagem é uma das melhores formas de exercitar o julgamento, que é a sua principal ferramenta na hora da mixagem. De fato, sua avaliação crítica é que te faz mixar e a todo o momento fazemos isso, desde saber quando um som de bumbo não soa legal, até escolher um reverb pra voz. Mas se não temos como base alguma outra mixagem, como vamos saber se algo é bom ou ruim?

 

Você é o que você ouve 

Como usar nossas referências?

Músicas de referência podem ser usadas para diversas finalidades:

  • Uma fonte de imitação: não há nada de errado em imitar mixagens e timbres de outras pessoas. Se você gosta de um som de bumbo de determinada música ou disco, porque não tentar fazer igual? Porque não tentar aquela ambiência de uma música que você gosta? Tentar imitar a mixagem de alguém na verdade é um grande exercício pra aprimorar sua técnica, mas temos que tomar cuidado em respeitar estilos, arranjos, concepção e outros aspectos musicais na mixagem. Um bumbo que serviu pro disco do Nirvana pode não  ficar bem na sua música. O grande perigo é que a imitação é a inimiga da inovação.
  • Uma fonte de inspiração: Imitar a mixagem de alguém requer uma comparação constante entre a sua mix e a sua referência. Você pode escolher uma referência ou as vezes  ela é sugerida  pelo artista, ajudando a  dar o rumo que sua mixagem precisa.
  • Uma saída para quando você perde a criatividade: As vezes chegamos num ponto onde não estamos satisfeitos com a nossa mixagem, mas não sabemos o que é e nem o que está errado com ela. Escutar a diferença entre a sua mix e uma referência, pode clarear a mente e disparar novas idéias ou desmascarar problemas na sua mix.
  • Calibrar seus ouvidos: Pessoas que mixam em muitos lugares, comumente usam suas músicas de referência para se acostumar com a sala e se adaptar ao ambiente ou aos monitores. antes de mixar numa sala que você nunca mixou, tome seu tempo e escute suas música favoritas.
  •  Avaliar fones e monitores antes da compra: Quando vamos comprar fones ou monitores, os vendedores colocam pra tocar músicas conhecidas que impressionam na mixagem se tocadas num volume alto. As chances de agradar (enganar) são muitas, entretanto ao ouvirmos nossa mixagem familiar no volume correto, podemos obter um melhor julgamento antes de escolher um fiel escudeiro.

música de referência

No post anterior, (LINK)  escrevi um review sobre um plugin que facilita muito o trabalho na hora de comparar sua mixagem.

Não podemos esquecer que sua música de referência já foi masterizada, e é comum que a dinâmica já esteja muito mais apertada do que na hora da mix,  devido a forte compressão para obter volume final. Ajustes de equalização também são feitos na master e esses fatores devem ser levados em consideração ao comparar sua mixagem não masterizada com a referência.

Em um post futuro vamos falar sobre como escolher uma música de referência.

 

Referência bibliográfica: Livro ” Mixing Audio. Concepts, pratices and tools.” Editora Focal Press.

 

Sobre Diego Moreno

Fundador do site, Engenheiro de áudio, apaixonado por música, divide o tempo entre a estrada o estúdio e a constante atualização do site.

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Vou mais uma vez causar polêmica e discussão com este post, pois sei que muita gente que segue o blog faz ou já fez, concorda ou discorda de alguns desses mitos que eu vou comentar agora:

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