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terça-feira , 19 março 2024

Bounce, consolidar? Ou não?

 

Você consolida? Faz bounce?   Há perdas no processo ou tudo não passa de uma lenda?

 

Em primeiro lugar, o que queremos dizer por consolidar?

Bem, suponha que você tinha gravado um vocal, mas a cantora fez uma série de ruídos indesejáveis  e tinha o hábito de ofegar ruidosamente ao invés de respirar normalmente. Claro que você pode editar a pista  para que soe limpa. Apague todos os ruídos indesejados e deixe apenas o que interessa. Não se esqueça de deixar o som natural da respiração caso contrário não irá soar real.

 

Até agora a faixa vocal está  dividida em talvez vinte ou trinta segmentos separados. Tudo bem, sem problemas, mas e se você decidir fazer uma edição posterior ? Por exemplo, iniciar a canção do refrão…  Agora você tem uma enorme quantidade de segmentos  para lidar do que apenas uma região para mover certo?

 

Mas a sua DAW pode ter uma função “consolidar” ou “merge”, onde se pode unificar vários segmentos que se sucedem em uma única faixa, adicionando as lacunas existentes e transformá-las em um segmento contínuo. Este é certamente um recurso conveniente.

 

Mas será que o segmento consolidado tem o mesmo som do arquivo original?

Segundo minhas pesquisas na internet, qualquer operação que envolve o recálculo, perde qualidade de áudio. As diferenças são normalmente muito pequenas para serem audíveis e  certamente quase não irá afetar a comercialização de seu produto. Você teria que estar fazendo algo muito extremo para que  esses novos cálculos se transformem num problema, até porque a  consolidação nada mais é do que uma cópia bit a bit simples.

Mesmo assim, a consolidação não era perfeita no passado, os algorítmos melhoraram bastante, mas ainda é algo a se levar em consideração.

Por exemplo, ao dividir uma faixa em segmentos não adjacentes, o seu DAW irá criar um fade muito curto  no início e no fim de cada segmento. Se isso não acontecer, haverá cliques onde você corta a onda de áudio. Há alguns anos atrás, quando a função ainda era “novidade”, esses fades não eram traduzidos corretamente em segmentos consolidados, então, onde sua trilha foi cortada corretamente, na versão consolidade você certamente ouviria um “click”.
Então como regra geral o ideal é manter-se em alerta na hora de editar a pista. Ao menor sinal de “click” ou estalos, volte atrás ou faça manualmente um fade.

 

 

Dicas antes de fazer o bounce:

  • Fique de olho no “Master Fader”, não deixando-o clipar. Caso ocorra, refaça sua estrutura de ganho ou abaixe o volume do master.
  • Mantenha as mesmas definições da sessão, sample rate, bit, etc… e não faça o bounce para mp3, certamente você ouvirá claramente a perda.
  • Cheque os plugins no “Master”, lembre-se:  deixe a masterização para próxima etapa. Entupir o Master de plugins como limiters ou melhorizers certamente só vai dificultar o trabalho do Eng de masterização.

 

 

A polêmica

Escuto muita gente falar mal do “bounce to disk”, assim como conheço colegas com inúmeras soluções para não usar o bounce. Na verdade mesmo,  apesar de saber que há uma perda quando se cria um novo arquivo, não acho que  seja tão significativa assim.

Se  fosse, já teria muita gente reclamando da qualidade do bounce da sua DAW favorita junto aos desenvolvedores.

 

E você, conte-nos abaixo como você evita o bounce?

 

 

Sobre Diego Moreno

Fundador do site, Engenheiro de áudio, apaixonado por música, divide o tempo entre a estrada o estúdio e a constante atualização do site.

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Vou mais uma vez causar polêmica e discussão com este post, pois sei que muita gente que segue o blog faz ou já fez, concorda ou discorda de alguns desses mitos que eu vou comentar agora:

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